sexta-feira, 23 de abril de 2010

Linae Brian - Breve história



Esse foi o começo de uma boa campanha de RPG. Escrevi ja faz um booooom tempo, deve estar cheio de erros, pq fiquei com preguiça de corrigir p colocar aqui e nao achei a versao mais recente ^^"
Infelizmente nunca terminamos essa historia... (aqui esta presente apenas uma breve historia de MINHA personagem, entao ainda nem tinhamos começado a jogar =P)




Vivia com meu pai. Todos o conheciam como Kell Brian. Na verdade, sempre percebi que os habitantes da região o temiam, já que evitavam ao máximo realizar pequenos serviços ao seu lado. Não que na época em questão eu soubesse de seus motivos, talvez fosse pela sua aparência, digamos, um tanto incomum. Um conjurador elfo adulto, de cabelos longos e avermelhados não costuma gerar muita confiança. Preferia ficar em nossa biblioteca a passear pelo campo, mas mesmo que eu não procurasse sair de nossa fortaleza para saber sobre esse temor, mas essas coisas costumam viajar mais rápido que o vento. Desculpe minha indelicadeza, me chamo Linae.

A Fortaleza ficava na Região de Unther, próxima a montanha de Black Ash, havia várias árvores altas em volta, com poucas clareiras e pequenas vilas. Nessas clareiras conseguia ver as áreas de cultivo, onde vive um povo simples, na sua maioria humana, claro que sempre tínhamos uns ou outros elfos andando, já que somos bem comuns, mas existiam pessoas que realmente me intrigavam, nunca consegui descobrir muito a seu respeito, de grande porte, ou de aspecto e aparência que deixaria qualquer grande aventureiro bem desconsertado.

Como disse, sou uma elfa, um humano já teria perdido a conta de minha idade, afinal eles param de contar por volta dos oitenta. Tenho cento e sessenta e quatro anos, mas não pense que eu sou uma velha caindo aos pedaços, para minha, como todos falam, raça, devo ter um pouco mais do que vinte anos humanos.

As construções sempre foram vazias, imagino que nunca chegaram a ser totalmente preenchidas, éramos apenas eu, meu pai e minha irmã, Lauren. Nossa mãe morreu com o nosso nascimento, então fomos educadas na antiga arte em casa. Na verdade nunca gostei muito dos ensinamentos do meu pai, de seus métodos. Aprendemos sobre o mundo, as pessoas, livros, pergaminhos, magia. Em nossa biblioteca eram poucos os livros que me interessava realmente, a maioria falava sobre como invocar os mortos e traze-los sob seu comando, coisas malignas e com o passar dos anos me trouxe cada vez mais desprezo. Despertei um interesse muito grande sobre magias arcanas, e os poderes ocultos de dragões, diferente de minha irmã, que adorava e seguia o que nosso pai nos ensinava, e me forçava a treinar certas magias.

Havia um local em nossa morada onde não nos era permitido a entrada. Acredito que nosso pai fazia seus estudos mais avançados, do que ele intitulava alta magia, ficava em níveis abaixo do solo, nas masmorras. Em todos esses anos nenhuma de nós duas entramos lá, acredito que o medo nos manteve bem distantes deste local, posso jurar que já ouvi varias vozes saindo das catacumbas à noite.

Uma tarde estava coletando algumas ervas e sementes para poções no campo, que meu pai havia pedido. Fazia tempo que não saia para sentir a brisa do verão. Perguntei-me por que ele não havia mandado ninguém para colher as ervas hoje, por algum outro motivo igualmente misterioso nós duas não podíamos sair da fortaleza. Não devo ter demorado mais do que uma hora do lado de fora, quando resolvi voltar e entrar pela parte baixa, passando pelas masmorras, um lugar não muito agradável na verdade. A grande porta de ferro, que separava o que chamávamos hall das catacumbas da sala de meu pai, normalmente selada ate mesmo com magias de ultimo círculo, naquele momento estava entreaberta. Tinha todos os motivos para sair de lá, mas algo brilhava dentro daquela sala e no momento seguinte eu estava em seu interior.

Parecia mais um laboratório, quase não dava para ver as paredes. Várias estantes com diversos frascos, e com conteúdo ainda mais variado, desde líquidos translúcidos multicoloridos, até potes com componentes estranhos. No centro algo mais sinistro me chamou atenção, havia um sarcófago. A parte construída de pedra não passava de um metro do chão, acima disso havia uma redoma de vidro no lugar de uma tampa comum. Andei até a sua direção para ver seu conteúdo. Quando me aproximei desejei nunca ter entrado naquela sala. A pele estava acinzentada, seus braços, cruzados sobre o peito, mas só tinha uma das mãos, a outra parecia que havia sido cortada, seu estado de conservação estava perfeito, se nao fosse pelo tom mórbido de sua pele, qualquer um pensaria que estava dormindo. Aparentava ter um pouco mais do que trinta anos humanos. Era uma elfa do Sol, demorei algum tempo para perceber que não estava olhando para um espelho. Quando me debrucei sobre o sarcófago, mil coisas se passavam na minha cabeça, e uma delas foi a hipótese que tal pessoa seria minha mãe. Ainda com vários pensamentos, ouço um barulho vindo da porta e consigo desviar a tempo de um raio vermelho passar rente à minha orelha.

– Não era para você estar aqui. Esbravejou meu pai. – Você nunca devia ver tal experiência.

Ele continuava a lançar magias contra mim que, por pura sorte, consegui uma brecha naquela confusão de feiches luminosos e escapar pela unica porta. Saí correndo em direção ao campo, sem saber o que fazer e o que pensar, alguém com quem vivi estava correndo atrás de mim, quem acreditava estar enterrada longe daqui estava sempre tão próxima. Tudo estava passando muito rápido na minha mente.

Quando passava pelo campo vi que minha irmã ainda colhia ervas, peguei-a pelo braço e a puxei enquanto gritava – Ele está atrás de nós. E estava mesmo, ainda estando cansado, pois logo cedo voltara de sua viagem parecia estar determinado em por hora nos pegar.

Corri o máximo que pude, até chegarmos a uma ponte suspensa não muito distante da entrada da fortaleza, a ponde devia ter mais ou menos uns vinte e cinco metros. Estava quase no ultimo passo quando nosso pai nos acalcou, e cortou as cordas de seu lado da ponte, que como conseqüência caiu. Consegui pular, mas Lauren não teve tanta sorte.

Olhei para meu pai e pensei que ele estava se preparando para uma grande magia, não ia mais tentar me prender, não iria mais resolver. Corri ainda mais rápido que as minhas forças ainda conseguiam, quando vejo um clarão vermelho logo na hora em que eu tropeço nas raízes de uma árvore e vou parar nessa cidade estranha.
Linae

Não poderia começar sem a imagem da Deusa ^^ (sim, uso emoticons nos meus textos ><)









Esta bela imagem (que, infelizmente desconheço a autoria) retrata muito bem, na minha opinião, Morrígan. Gostaria de destacar a cruz celta, a espada e o corvo. Morrígan (rainha fantasma), como pode-se concluir, esta presente na mitologia irlandesa, mas na maioria dos textos onde é citada não é referida como 'deusa', apenas aparentando certo tipo de divindade, não necessariamente fazendo parte de um panteão. A Espada representa a fúria, parte que faz juz ser associada a guerra e a morte nos campos de batalha. Normalmente é anunciada com a visão de um corvo sobre as carcaças, por isso a ligação com a ave. As vestes finas, e beleza retratam o outro lado da deusa, ligado à fertilidade.